Sobre porque eu estava fora e o meu retorno ao trabalho!

Fiquei um bom tempo sem escrever por aqui e nunca consegui manter uma periodicidade legal. Muito em razão de eu achar que não tinha nada importante a dizer ou que fosse interessante compartilhar. Agora penso que toda experiência é válida, mesmo que alguém ache certo ou errado. Cada uma materna como pode, de acordo com as suas vivências, rotinas, informações e etc.

Nesse tempo curto de blogosfera, aprendi que sempre tem alguém que passa por uma situação semelhante, quer ajudar ou procura por ajuda. Também conheci mães magníficas, grávidas lindas e cheias de expectativas. Sou muito grata por tudo! É exatamente por isso que me sentia sempre em dívida com esse cantinho.

Então, sem mais delongas: bora atualizar!

O Arthur está agora com 1 ano e 2 meses (o tempo voa!), eu voltei a trabalhar e ele começou na creche.

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Hoje, especificamente, quero falar sobre isso. Em consenso com o Jaciel,concluímos que um ano era um bom período para que eu me dedicasse exclusivamente sem que a gente fosse à falência.

E foi bem isso, perto do Arthur completar um ano a coisa foi ficando bem apertada. Não tinha mais condições, eu precisava voltar. Foi aí que surgiu uma vaga legal e eu agarrei a oportunidade. A decisão foi bem difícil emocionalmente, principalmente porque abri mão de muitas convicções. Eu adoraria ter como ficar mais, mas não deu. Não deu pela grana e hoje vejo que não deu por mim também, no fundo eu sempre senti falta do meu trabalho.

O início foi bem complicado, chorei de saudade, tive medo, foi difícil concentrar, me readaptar. Pra ele também não foi, e isso é bem doloroso. Inicialmente tentamos uma experiência de deixá-lo com os avós e não deu muito certo. Minha mãe trabalha e só podia alguns dias, e minha sogra, apesar de não trabalhar fora, sentia que não conseguia dar conta das coisas pessoais dela e do Arthur.

Ou seja, eu não ficava tranquila fora e nem ele ficava feliz lá. Depois de muita conversa, decidimos tentar creches. Conseguimos uma vaga em uma escolinha que nos acolheu muito bem. Entendeu nossa história e está sempre aberta a diálogos, embora a gente precise muito pouco, já que a escola segue uma linha que está de acordo com o que pensamos. Ele adora ir e lá se adaptou super bem, gosta das profes, dos colegas, e eu (apesar da saudade) consigo trabalhar bem mais tranquila. Acho que ele estava em um momento de muita socialização, procurava mesmo crianças pra interagir e creio que isso tenha ajudado bastante na adaptação.

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É engraçado como cada vez mais aprendo a nunca dizer nunca. Sempre achei muito estranha a ideia de “deixar o filho na escolinha”, não queria de jeito nenhum fazer isso. Acontece que essa foi opção que tive (e que outras milhares de mães têm). Deixo na escola sim, mas não por isso deixo de educar e de ser mãe. Não me sinto terceirizando.

Vejo muitas melhoras no desenvolvimento dele e nas nossas rotinas. Sigo maternando de maneira consciente, de acordo com as nossas vivências. E não é fácil, como nunca foi. Escolher o caminho mais fácil não faz parte da minha trajetória.É muito difícil em casa 24h e é muito difícil fora dela, com uma dedicação dupla. Tenho dois papéis a desempenhar que se cruzam em muitos muitos momentos. É chegar em casa e não ter descanso, não é folga e também não é martírio. Eu não estou com ele o dia todo e não quero perder nada.

Não deixo de preparar as comidinhas dele. Não deixo de amamentar, nem de brincar. Não deixo de dormir agarrada e compartilhar nossa cama, também não parei de acordar quantas vezes forem preciso (embora isso me custe uma aparência de zumbi).  Seguimos com a mesma dedicação, o mesmo afeto, e o dobro de cobrança, de paciência e de compartilhamento. É preciso uma base familiar, com pai e mãe ativos, pra tudo isso dar certo.

Novamente vejo que não existe regra. Não existe menos mãe. Existe o que funciona melhor para cada família. Existe aprender e se renovar. E principalmente: adaptar-se!

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Precisamos falar sobre o nosso corpo

Hoje acordei, entrei no facebook e vi o link pra um blog que fica hospedado no site do maior conglomerado de comunicação do Rio Grande do Sul, e por isso recebe muitos acessos. O texto falava sobre gravidez, mas não de forma positiva. Entre outras coisas, falava sobre o quanto era horrível, sofrido, dolorido, e pra finalizar exaltava a cesárea com hora marcada, porquê dor “ninguém merece”. De maneira muito pessoal e bem humorada, a autora falou sobre como se sentia mal durante o período de gravidez, já tendo passado por uma gestação anterior, usou adjetivos pesados pra si mesma, talvez sem perceber o recado que mandava pra ela e pra tantas outras grávidas.

Quando li os comentários, que demonstravam identificação com o que ela dizia, confirmei tudo o que pensei ao ler cada linha do texto. Vejam bem, não quero linkar o texto aqui, porque esse não é o objetivo, não é julgamento, falo deste especificamente porque me despertou para uma reflexão. Sem dúvida alguma esse não é o primeiro texto a falar da gravidez como algo “não tão bom assim”.

Já li em vários blogs de gravidez e maternidade desabafos como este. É mais fácil uma mulher grávida admitir que está desconfortável publicamente, mas por que exatamente? A resposta é muito simples. É fácil porquê a grande maioria da sociedade a vê como alguém desconfortável, resumindo, alguém que está fora dos padrões exigidos para o corpo da mulher. Sim. As mulheres engravidam, o corpo muda naturalmente, é o que a natureza exige, mas mesmo assim, o corpo feminino só é aceito se está dentro do padrão exigido atualmente: alta, magra, peituda, com uma bunda no lugar. Não é a toa que na gravidez a gente escute elogios como: “Nossa, tu tá só com a barriguinha!”. Devemos ficar felizes com esse tipo de elogio?
Eu ouvi muitos assim. Fiquei feliz? A primeira vista sim, afinal era um elogio, mas é um elogio com disfarce. Ele diz: “Até que pra uma grávida tu tá bonita”.

Foto: Jade Beall - A beautiful body project

Foto: Jade Beall – A beautiful body project

O texto da minha colega jornalista reflete a opinião de uma grande parte das mulheres. Não é difícil entender tamanha distorção, afinal vivemos em uma sociedade que oferece com muita facilidade para nós, as mulheres, um desprezo enorme por nós mesmas. Estamos sempre inadequadas. Gordas demais, magras demais, e até mesmo grávidas demais. A diferença está em como processamos essas informações e julgamentos que caem sobre nós todos os dias. Eu entendo ela, sinto pena, e sim, acho que ela precisa de ajuda, não só ela como muitas. É impossível viver a gravidez em uma plenitude se não estamos felizes, se não entendemos as mudanças, se não ouvimos o que o nosso corpo diz, não só na gravidez, como antes dela. Começa pela menstruação que tanto odiamos e rejeitamos a vida inteira, o que ela nos diz? Nós precisamos falar sobre o nosso corpo, mas de maneira positiva.

Me incluo nisso também, é muito fácil sucumbir. São tantos padrões exigidos. Me senti plena na gravidez, me senti mulher, me senti linda, e por vezes também me senti feia. Adorei parir, adorei minhas dores, vivenciei elas com toda a sua realidade, me senti maravilhosa nas primeiras semanas logo depois que meu filho nasceu, mas me peguei inúmeras vezes encarando no espelho minhas novas estrias, minha barriga, que continua com flacidez, e meu quadril, que aumentou. Me peguei várias vezes me comparando com amigas que não tinham filhos. Ter dúvidas quanto a beleza e o funcionamento do nosso corpo é normal em um contexto como o nosso.

Não deveríamos duvidar, questionar, ignorar e sequer sofrer, são mudanças que só a vida, vivida com a maior intensidade, consegue provocar. É preciso ter um nível de consciência muito grande pra encarar o espelho e dar a volta nos pensamentos negativos – que nos cercam diariamente – pra finalmente aceitar. Falo isso por experiência própria, meu filho tem 5 meses e acredito que só agora eu consegui entender que de agora em diante essa sou eu, e sim, eu sou bonita e me sinto bonita e de brinde (sim, porque opinião de outras pessoas deve ser considerada brinde) meu marido me acha bonita.

Foto: Jade Beall - A beautiful body project

Foto: Jade Beall – A beautiful body project

Foto: Jade Beall - A beautiful body project

Foto: Jade Beall – A beautiful body project

Só consigo ler o que ela escreve e sentir pena, compaixão. Vontade de dizer “senta aqui e vamos conversar, nem tudo é tão ruim, eu te entendo”. O nosso corpo pode ser positivo, e é bonito. O corpo de uma mulher que teve filhos é uma obra de arte da vida, que circula por aí. É um corpo marcado com o que há de mais natural e humano. Não é feio ser fêmea. Cada estria que agora carrego na minha coxa conta a minha história de mãe, elas marcam uma passagem na minha vida, uma grande mudança em um curto espaço de tempo. Não as odeio mais, eu entendo porque elas estão aqui.

É essa a mensagem que eu quero passar pro meu filho, porque a gente passa isso pras crianças. Arthur é um menino, imaginem se eu tivesse uma menina, eu ia ensiná-la a não gostar de si mesma também? Não podemos, e nem devemos, criar uma nova geração que vai repetir esse nosso desgosto e insatisfação. Não quero que meu filho pense que ele me estragou. É isso que a gente diz pros pequenos quando diz “Mamãe era linda antes de você nascer”. Não quero que o meu filho pense que eu o amo, mas carregá-lo dentro da minha barriga não foi uma fase feliz, nem agradável, acho que ninguém quer isso, não é?

*As fotos desse post são da fotógrafa Jade Beall e fazem parte do projeto “A beautiful body”. Vale conferir, é lindo! http://www.abeautifulbodyproject.com/

Nós e o Sling: Um eterno caso de amor!

Primeiramente quero pedir desculpas pra quem vem por aqui esperando coisa nova e não encontra nada. Minha falta de compromisso com o blog tem me incomodado bastante também, então: tamo junto!

Das tantas coisas que eu queria falar (como sempre), hoje decidi falar do nosso caso de amor (meu e do Tuizinho) com o nosso sling. Pra quem ainda não conhece, o sling é um carregador de bebê que permite que os nossos pequenos fiquem em contato com a gente, é uma delícia.

Particularmente, acredito que não tem nada mais maravilhoso do que a sensação de carregar meu filho. O cheirinho, o abraço, o corpinho dele colado no meu exatamente como ficamos por 9 meses. Ai, ai. Inexplicável, e com certeza será uma daquelas vivências inesquecíveis. Por isso a escolha pelo uso do sling foi óbvia por aqui, o carrinho entra na dança raramente, até porque o Arthur não é lá muito fã (sinceramente, no lugar dele eu também não seria).

Mais do que um carregador pra passear, o sling é meu aliado no dia a dia. Tem coisas que só consigo fazer com ele no sling, como esse post, por exemplo, rs. Fora que, como sabemos, bebês adoram colo. Não é manha, nem balda. É natural, eles gostam de colo, de estar em contato com a gente, e só quem passa o dia todo com o bebê sabe o quanto é cansativo/dolorido carregá-los no braço o tempo todo, por isso o sling é tão maravilhoso, permite que a gente dê bastante colo sem dor nas costas e nos braços.

Mamando slingadinho

Mamando slingadinho

primeiro passeio

primeiro passeio

Nós usamos o wrap sling, desde que ele era recém-nascido. Eu gosto do wrap porque ele permite várias amarrações diferentes. Quando ele era recém-nascido eu o deixava amarradinho com as perninhas encolhidas pra dentro do sling, bem como ele gostava de ficar. Mais tarde comecei a amarrar com as perninhas soltas e virado pra mim. Agora comecei a colocá-lo de frente pro mundo de vez em quando.

Pegando buzão

Pegando buzão

Indo pra Yoga Baby

Indo pra Yoga Baby

São muitos os benefícios do uso de slings. Um estudo de 1986, feito com 99 mães de bebês mostrou que carregar os pequenos por pelo menos 3h por dia reduzia o choro em 43% durante o dia, e 51% durante a noite. Isso quer dizer que bebês que ganham mais colo são mais felizes porque tem menos necessidade de chorar. Veja bem, o estudo é de 86, estamos em 2014, por que insistimos em não dar colo e não carregar os bebês como fazíamos antes, desde que o mundo é mundo? Dar colo não significa mimar o seu bebê, o colo diz pro bebê que ele é amado, está seguro e sendo cuidado. Deixar o bebê chorando altera o sistema nervoso e aumenta o nível de hormônios do estresse.

O sling também é excelente para que aconteça uma transição suave entre a vida no útero e a vida aqui fora. No sling o bebê continua sentindo e ouvindo o coração da mãe, sentindo a temperatura corporal dela, o cheiro, e além disso, ele começa a sentir os padrões de respiração da mãe e das outras pessoas que o carregam.

O uso do sling também está associado a benefícios cognitivos do bebê, já que um bebê feliz aprende melhor. Quando o bebê está calmo e alerta, está pronto pra interagir com as pessoas e o ambiente. No sling, o bebê fica no mesmo nível que os pais, assim ele tem igualdade nas experiências que vive e consegue enxergar o mundo sob outra perspectiva, que não seria possível em um carrinho, por exemplo.

Falo desses benefícios porque enxergo isso no nosso dia a dia, Arthur nunca teve cólica, chora muito pouco, vejo que ele é muito feliz, esperto, seguro, adora interagir com as pessoas e tem se desenvolvido muito bem. Como benefício para mim, como mãe, posso dizer que sou uma mãe mais segura, e uma grande parte dessa minha segurança vem da habilidade de entender o que o Arthur quer. O sling ajuda na nossa comunicação, eu entendo ele melhor, e ele é mais seguro porque temos contato um com o outro por longos períodos diariamente, sem dúvida ajuda a criar laços afetivos mais fortes.

Em Porto Alegre, o sling é meio polêmico entre as tiazinhas da vizinhança, de certa forma até entendo o estranhamento tendo em vista o desfile de carrinhos pela cidade. Canso de ouvir: “pobrezinho! porque tu apertou ele aí dentro?”. Quando dá, eu paro, explico como é a amarração e mostro a cara dele de faceiro, já que não tem pessoa melhor do que ele pra aprovar o uso. 🙂

Trilha Slingadinho <3

Trilha Slingadinho ❤

Rola passear cazamiga

Rola passear cazamiga

E vocês? Usam sling? Quero saber de outras experiências!

Adeus Ano Velho, maravilhoso. Feliz Ano Novo, sensacional!

Passa ano, chega ano. Por 23 anos da minha vida nunca uma virada foi tão especial. Não falo da virada que está por vir logo amanhã, falo da virada passada. Naquele adeus 2012 eu já tinha o Arthurzinho na minha barriga, só uma sementinha, sem nome, o bebê. Foi uma virada em que prendi a respiração, como uma criança que vai pular na piscina pela primeira vez, sabe que aquele arrepio e o friozinho na barriga trazem algo de bom.

Me despedi. Não só de um ano, me despedi de alguém. Tchau Carolzinha! Você nunca mais será a mesma, muito menos inha. Em 2013 eu cresci. Cresci saindo do salto, colocando o pé no chão, cresci pra frente junto com o meu barrigão. Cresci pra dentro, nunca imaginei que tinha tanto espaço pra crescer, pra absorver tantas emoções. Me conheci de verdade, aprendi a gostar mais de mim, a me amar, a amar. Amei como nunca, amo como nunca.

Não está sendo fácil me despedir do ano que mudou a minha vida. O ano em que completei minha família. O ano em que vivi o dia mais sensacional da minha vida. O 2013 em que eu pari, na madrugada do dia 1º de setembro a minha razão de viver. Eu me apaixonei de novo, redescobri o amor que eu já tinha pelo meu marido, como esse carinho cresceu, se transformou. É muito louco viver com o produto de um amor, ver ele crescer por 9 meses e nascer, ver finalmente a mistura que só o mais puro amor pode realizar.

Em 2013 eu aprendi a lidar com a ansiedade, foi o ano em que eu mais esperei na minha vida. Logo eu que nunca fui muito de esperar, nunca fui a rainha da paciência muito menos aquela que abre mão do controle. Não foi fácil viver o ano da montanha russa, aquela das emoções. Tantos humores em tão pouco tempo. O ano do equilíbrio perfeito entre a adrenalina e a ocitocina.

Depois de 2013 nada nunca mais será igual. Talvez todos os anos sejam diferentes uns dos outros, mas me deixem, deixem eu me despedir com saudosismo. Depois de 2013 eu tenho a certeza absoluta de que agora tudo tende a melhorar. Não tem como ser infeliz depois de 2013, não tem como não achar graça da vida, não tem como não celebrar.

Obrigada Arthurzinho, tu é a razão do meu 2013 mais feliz.

Feliz 2014 pra todos! Em especial para aqueles que, assim como eu, tiveram um 2013 que vai durar pra sempre! ∞

A primeira foto de 2013

A primeira foto de 2013

Sementinha

Sementinha

Primeira foto da barriga

Primeira foto da barriga

Ecografia de 11 semanas <3

Ecografia de 11 semanas ❤

Ecografia de 20 semanas

Ecografia de 20 semanas

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Chá de fralda

Chá de fralda

A última foto da barriga

A última foto da barriga

A chegada do Arthurzinho

Nosso primeiro abraço triplo

O sorriso mais lindo de 2013

O sorriso mais lindo de 2013

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Nosso primeiro Natal

Nosso primeiro Natal

A última foto de 2013

A última foto de 2013

O que são 3 meses na vida?

Na minha 3 meses correspondem ao nascimento de 3 vidas, a do Arthurzinho, a minha como mãe e a do Jaciel como pai. Nesses 3 meses vimos a vida se resignificar, crescer e se desenvolver a cada dia. Como podem 3 meses valerem mais do que os 23 anos que vivi até agora?

É incrível como essa vida de 3 meses é tão pequena e tão grande ao mesmo tempo. Como é lindo vê-lo crescer. Nos últimos dias percebi as grandes mudanças pelas quais meu filho já passou em tão pouco tempo, o quanto ele já aprendeu, e principalmente o quanto ele já entendeu sobre essa vidinha aqui fora.

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Há um ano atrás, nessa mesma época, eu descobri que estava grávida, vivi cada segundo da minha gravidez, me transformei e me preparei tanto pra cada um desses dias que vivo hoje. Como sonhei. Pela primeira vez na minha vida, a realidade é melhor do que qualquer sonho que já tive.

Arthur é um menino abençoado, feliz desde a sua chegada, tão linda. O que mais me encanta é que desde aquele 1º de setembro, vejo o quanto ele é amado, não só por mim e pelo Jaci, como por toda a nossa família e os nossos amigos. Obrigada por participarem tão ativamente e com tanto carinho desses 3 meses de vidinha dele, eu amo ver o amor de vocês por ele também.

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Meu filho, tu é a única pessoa nesse mundo que faz a tua mãe se perder com as palavras, não saber por onde começar, nem quando terminar. Obrigada por cada um desses 90 dias que passamos juntos, obrigada por esse olhar tão lindo e tão forte que tu tem, que diz tantas coisas, obrigada por esse sorriso, e pela gargalhada que tu deu pela primeira vez essa semana, que renovou as energias da mamãe.

Parabéns Arthurzinho, Tuizinho, Tutui da mamãe.
Eu te amo. Feliz Mêsversário de 3 meses.

24 horas

Ser mãe exige 24 horas, exige uma semana inteira, um mês inteiro, um ano inteiro, uma vida sem intervalos, fim de semana ou feriado. Mas isso não é nenhuma novidade e logo que a gente descobre a maternidade já tenta se acostumar com a ideia de que tudo vai mudar. A gravidez já muda, mas nada se compara com a vivência desse dia a dia: exaustivo e cheio de recompensas.

No meu caso, eu vivo essas 24 horas praticamente sozinha, sem ninguém, sem babá, sem marido (que passa mais tempo trabalhando do que em casa), sem creche, sem vovó, nadica de nada. Não me acho mais mãe por isso, pelo contrário, nessas 24 horas de nós dois me pergunto várias vezes se tá dando tudo certo, afinal não dá tempo de focar em certo e errado, nessas 24 horas cada minuto é diferente e quase não dá tempo de ver as horas passarem.

Nesses 2 meses e 18 dias dessas 24 horas eu acabei aprendendo que não importa quantos livros de maternagem você leu, quantos grupos de pais e grávidos você frequentou, nem quantos super nanny você já viu e brigou vendo, nada disso faz sentido enquanto o ponteiro das horas caminha. Ser mãe 24 horas exige uma entrega sem fim aos instintos, exige desapego a tudo o que você sempre soube ou achava que sabia sobre crianças e até sobre você mesma.

Eu, Carolina, me descobri menos medrosa do que pensava, mais paciente do que jamais fui, mais amorosa do que talvez nunca mais consiga ser. Fiquei menos cheirosa e mais vomitada, menos arrumada e mais descabelada, fiquei menos falante e mais ouvinte, troquei as conversas prolixas por um simples “aguí”. Já chorei junto enquanto ele chorava e já me escondi no banho pra ser Carolina por mais 5 minutinhos, e antes que os 5 minutos acabassem eu já quis ele de volta e falei: “Pode pelar ele que eu vou dar banho aqui mesmo”.

Mas as 24 horas de mãe não são como as outras 24 horas, elas tem uma magia. Quando finalmente passam, pra que outras 24 horas comecem, fazem com que você esqueça como as 24 horas anteriores acabaram com você. É a incrível magia de só lembrar dos sorrisos, dos olhares, da cara de sapeca na troca de fralda, ou quando se esconde no seio no meio da mamada com um sorrisinho no cantinho da boca. Quando essas 24 horas passam, você esquece das tantas outras 24 horas que viveu antes da primeira vez que olhou nos olhos do seu bebê. Quando tento fazer o esforço pra lembrar só consigo me perguntar: “Como é que eu vivia antes mesmo?”.

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Mamilos são polêmicos

Na primeira vez que vi esse vídeo achei que o menino era non sense. Onde já se viu mamilos serem polêmicos hoje em dia? Tantos anos de transmissão de carnaval, tantos peitos de fora nos filmes, nas novelas, no programa de domingo a tarde pra família toda assistir…

Pois bem, nessa semana o jornal Pioneiro, do Grupo RBS, publicou uma matéria sobre regras de etiqueta nos shoppings de Caxias do Sul. Entre elas, uma regra fez dos nossos mamilos um assunto muito polêmico:

Quem já não viu uma mamãe oferecendo o peito a um bebê na praça de alimentação ou em um banco nos corredores? Para quem não sabe, os três principais shoppings de Caxias do Sul — Iguatemi, Estação San Pelegrino e Prataviera — não permitem essa prática, recomendando às lactantes que usem os fraldários.”

Peitos são peitos, mamilos são mamilos, não interessa se você os usa pra alimentar seus filhos. Não importa que a Organização Mundial da Saúde indique aleitamento exclusivo até os seis meses de idade, e que as crianças devam continuar sendo amamentadas até, pelo menos, dois anos de idade. Não, isso não interessa. No shopping, amamentar nem pensar! Imagine só, deixar que um ato tão natural quanto a amamentação aconteça aos olhos de todos? Um bebê se alimentar no seio da mãe é um absurdo sem tamanho pros grandes gestores das redes de shoppings caxienses. Opa, desculpem, não foi isso que eles disseram: poder pode, bem escondidinha no fraldário junto com o cheirinho e as bactérias de todos os dejetos dos bebês. Afinal, quem aqui não come no banheiro, né gente?

Tá cada vez mais difícil ser mamífero. Tá cada vez mais difícil ser bebê e ser criança. É tanto não pode: não pode nem comer em paz, curtir a mamãe, curtir o leitinho, aquele cheirinho de vida que sai direto do peito da mamãe. Ah! O peito da mamãe! Aquele que aparece na hora certa, quando os bebês acham que estão, literalmente, morrendo de fome.

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Atitudes como essa contribuem para um problema de saúde pública, passam a mensagem de que amamentar não é natural, amamentar pode ser constrangedor.  Fazer isso é dizer que ninguém é obrigado a ver o seu filho com a boca no seu peito. É pornografia! Fazer isso é privar o bebê de receber na hora que deseja o seu alimento. Não existe “espera um pouquinho que a mamãe vai se esconder pra te alimentar” quando se trata de um bebê. Apesar de todas as semelhanças maravilhosas que temos com os outros mamíferos, existe uma diferença gritante, que é a dor e a graça do ser humano: somos seres sociais. Privar a amamentação é excluir a mãe e o bebê do convívio social. Essa é a razão pras mamadeiras fazerem tanto sucesso, afinal elas não tem mamilos. Elas não ofendem ninguém, elas não fazem parte do nosso corpo, elas não tem alma, não estabelecem conexão, nem o amor. Ao que tudo indica, pra ser aceito socialmente é preciso reprimir o amor. Melhor cortar logo pela raiz: acabem logo com o amor de mãe! Acabem logo com a amamentação, com os nascimentos!

Desculpa senhor gestor de shopping se estou parecendo radical demais, mas lá no fundo é isso que você quer dizer, quando por trás da sua grande e larga poltrona preta “convida” uma mãe a se retirar dos corredores por OUSAR alimentar seu bebê. Com toda licença, o senhor é um criminoso social. Boicotar a amamentação é contribuir para um problema de saúde pública que há tantos anos tentamos combater. Mas quem se importa, não é? A única coisa que importa é que amamentar envolve mamilos e eles são polêmicos.

Licença-paternidade? Licença-seu-filho-não-é-problema-meu

Hoje inauguro um espaço que sempre foi um projeto pro blog, afinal, todos temos confissões maternas e paternas que valem a pena serem compartilhadas. A partir de hoje alguns amigos tem carta branca pra compartilhar por aqui suas experiências com os filhos. Sempre que você quiser acessar esses posts basta clicar na categoria “Confissões de outras maternas” na barra lateral.

Pra começar, quem escreve pro blog hoje é o Bruno Gomes, ele é fotógrafo, marido de uma grande amiga minha, a Kati, e é um dos mais novos papais ativos do pedaço. O Gui veio ao mundo no dia 23 de setembro em um parto humanizado no mesmo hospital onde o Arthur nasceu.

Conheci a Kati nas nossas aulas de yoga com a querida Doula Zezé. Toda quinta-feira era dia de abrir o coração e exercitar os barrigões, não demorou muito pra que nos tornássemos grandes amigas. O carinho que criamos entre a gente acabou se estendendo pros maridos, e hoje nossas famílias recém completas são grandes amigas.

O texto do Bruno fala sobre licença-paternidade, um assunto que já rendeu bastante debate aqui em casa e que por sorte, e principalmente compreensão e carinho da empresa onde o Jaciel trabalha, não foi um problema pra nós, mas que é pra 90% das famílias, o que é simplesmente revoltante.

Quando comecei a ter sinais de trabalho de parto o Jaciel foi liberado para a licença dele, não sabíamos quanto tempo ele teria depois e contávamos com os cinco dias previstos na lei. No hospital, recebemos dois presentes, um pro Arthur e outro pro Papai, a empresa liberou ele por 15 dias e foi tudo o que a gente precisava, no final, contando com os dias que ficou em casa antes, o Jaciel ficou quase um mês com a gente e foi tudo de bom.

Agora, com a palavra, Bruno Gomes:

Bruno e Gui

Bruno e Gui

Tantas mudanças, tanta atenção, tanta dependência do bebê em relação à mãe. Tantas dúvidas, tanta insegurança. Tão poucas horas de sono. E tão pouco tempo para o pai dedicar-se inteiramente ao seu filho.

Uma sociedade que destina apenas cinco dias para o pai acompanhar integralmente sua companheira e seu filho está interessada em que tipo de criação? O que esta sociedade quer produzir – ou, mais propriamente, reproduzir – com isso? Que mensagem ela passa aos atuais e aos futuros pais, mães e, é claro, aos seus filhos?

Cinco dias é quase a duração de um feriadão. Em cinco dias, dependendo das condições em que se deu o parto e o nascimento, nem a mãe e nem o bebê tiveram alta do hospital. Em cinco dias, a mãe recém começou a produzir leite e a amamentação está entrando numa nova fase, tanto para a mãe quanto para o bebê. Ainda ficamos em dúvida se o bebê arrotou mesmo, se ele precisa de fato arrotar após determinada mamada, se ele vai dormir bem, se vai engasgar ou ainda regurgitar um pouco do leite sugado. Em cinco dias ainda estamos começando a entender as rotinas de sono, fome, evacuação. Ainda não sabemos se o choro é de cólica, de medo, de angústia ou apenas se a fralda precisa ser trocada.

Entretanto, ao nos darmos conta do absurdo, da violência e até da desumanidade desta separação arbitrária e precoce do pai da vida da sua companheira e do seu filho, nos surpreendemos quando, ao conversar com outra mãe sobre esse mesmo assunto, ela simplesmente diz: “ah, mas não é tão dramático assim, a gente se vira”. Muitas vezes essa frase pode partir até mesmo de parentes próximos do bebê recém-chegado ao mundo, como forma ou intenção de apoiar a mãe.

Mas espere um pouco. Eu entendi direito?

Sustentamos essa quase exclusão do pai e a individualização da mãe no cotidiano de criação do seu filho dizendo que isso não é “tão dramático”?

Tão dramático??

Mas a experiência da paternidade e da maternidade não deveria ser dramática em grau nenhum! E o que dizer da suposta defesa da capacidade da mãe e de sua independência na maternidade com o argumento de que ela “se vira”? Não tenho dúvidas de que as mulheres se adaptam às dificuldades, isso é claro. Aliás, o ser humano se adapta a quase todo o tipo de situação, por mais cruel que ela seja. Mas é esse mesmo o ideal de criação que queremos? É “se virando como dá”, “aguentando o drama”? Ou é tendo o tempo, a atenção e o apoio que a ocasião merece e necessita?

Ainda nos meus tempos de antropólogo, lembro-me das discussões teóricas sobre o fato de que as coisas, elementos ou até pessoas que não são nominadas, não existem de fato. Talvez aqui seja exatamente o contrário: a “coisa” de fato não existe, mas há a denominação. Então não seria o caso de, já que essa tal licença-paternidade de paternidade não tem nada, trocarmos o nome? Talvez “licença-se-vira”, ou “licença-preciso-que-você-produza”, ou ainda “licença-seu-filho-não-é-problema-meu”.

Nesse ponto, com certeza alguém dirá: “mas não há dinheiro que sustente isso! O que você quer, que a economia vá à falência?” O que eu quero, caro colega de espécie, é que a economia se adapte às necessidades do ser humano, e não o contrário. Quero que as prioridades da sociedade, das empresas, dos governos, sejam as prioridades da vida enquanto existência sensível, enquanto experiência afetiva, da reprodução como perpetuação de relações humanas produtoras de sentido, de alegria, de plenitude, de amor. Não apenas de índices, estatísticas, balancetes.

Talvez seja interessante pararmos por um momento para pensar numa lógica que valorize mais a produção da capacidade de amar do que a produção de um iate luxuoso. Que o dono de uma grande empresa, no momento de dizer “não há dinheiro que sustente isso”, pense na quantidade de dinheiro que ele realmente precisa para viver feliz. E aí, meu caro, me perdoe a franqueza: se você realmente precisa de carros luxuosos, de uma poupança volumosa, de consumo incessante de bens de alto custo, a sua própria produção enquanto ser humano falhou.

A boa notícia é que, com alguns ajustes de valores e prioridades, isso pode ser corrigido na criação dos seus filhos, netos e bisnetos. A má noticia é que, se mantivermos a ordem atual das coisas, a produção do ser humano irá, inevitavelmente, piorar cada vez mais. Depende de você. Ou de nós.

Ele tem G6PD

– Alô é a Sra. Carolina?

– Sim é ela, quem fala?

– Aqui é a fulana, do laboratório tal, eu estou com o resultado do teste do pezinho do seu filho, o Arthur.

– Ah sim, estou tentando acessar pela internet e não consigo ver o resultado.

– Pois então, o resultado apontou uma deficiência, nós vamos precisar refazer um dos testes pra confirmar e só então vamos poder liberar o resultado.

– Que deficiência???

– Eu não posso estar informando pra senhora, o teste é o G6PD, a senhora pode entrar em contato com o seu pediatra pra que ele explique melhor.

Meu mundo caiu, ali naquela hora, só consegui desabar e olhar meu filho que se mexia faceiro dentro do carrinho. Não sabia o que era o tal teste G6PD, nunca tinha escutado falar, só sabia que meu filho tinha uma “deficiência”. Olhava pra ele e não fazia sentido, com um pouco mais de uma semana de vida ele me parecia um bebê normal.

Queria matar a moça do laboratório. “Como assim, liga pra mim, diz que meu filho tem uma deficiência e não me explica nada, na maior frieza e falta de noção”. Ao mesmo tempo saí pesquisando sobre o tal G6PD, na hora do desespero, nenhuma informação parecia fazer sentido pra mim. Até que li “as vezes acusa quando o bebê está amarelinho na primeira semana, pode ser que quando repita o exame dê outro resultado”.  Arthur tinha ficado amarelinho na primeira semana, o teste de bilirrubina não chegou a ser tão alto a ponto que ele precisasse de fototerapia, tratamos com banho de sol.

Me tranquilizei, no mesmo dia refizemos o teste. O resultado sairia no dia 26 às 18h. Nesse dia pontualmente tentei acessar os resultados e não consegui. Não consegui também no dia seguinte, nem depois e depois. Briguei com o laboratório, rodei a baiana, até que me ligaram avisando que eu poderia ir buscar o resultado lá.

Hoje eu fui, sozinha com o Arthur. Peguei o envelope e vim pra casa, com medo de abrir. No caminho, angustiada, fiquei lembrando do momento em que eu o vi pela primeira vez, e como uma boba, contei os dedinhos dos pés e das mãos, como se aquela fosse a minha certeza de que tava tudo bem, tudo saudável.

Conversei com o Jaciel, disse que tava com medo de olhar, até que ele me convenceu, abri o envelope e tava lá o resultado que eu não queria ver. O número era baixo e não ficava entre os valores de referência. Ainda sei muito pouco sobre G6PD, sei que perto de tantas outras complicações que existem, a G6PD é moleza. Ao mesmo tempo, não deixo de me sentir sem chão.

Tudo o que eu sei é que a G6PD é uma deficiência enzimática, a mais comum no mundo, que afeta cerca de 400 milhões de pessoas. A G6PD é uma enzima presente em todas as células, e tem como finalidade auxiliar na produção substâncias que as protegem de fatores oxidantes. Ao contrário das outras células, os glóbulos vermelhos dependem exclusivamente da G6PD para esta finalidade. A deficiência pode ser encontrada em até 20% da população na África, entre 4% e 30% nas populações do Mediterrâneo, e no sul da Ásia. No caso, eu tenho descendência africana. A doença é genética e já foram identificadas mais de 440 variações do gene da G6PD, que está localizado no cromossomo X. Como os homens têm um cromossomo X e um cromossomo Y, um único gene anormal no cromossomo X herdado da mãe provoca a deficiência de G6PD.

Na prática, quem tem  deficiência de G6PD leva uma vida normal, tem seu desenvolvimento normal, mas precisa evitar determinados medicamentos, como a aspirina, sulfonamidas e quininos, alguns alimentos, como o feijão de fava, a soja e alguns corantes. Assim como quem tem alergia a alguma coisa. Quem tem G6PD pode não apresentar nenhum sintoma caso essas substâncias sejam evitadas, é como se elas fossem o gatilho pra doença, se utilizadas podem causar estresse oxidativo nos glóbulos vermelhos, que não tem a defesa da enzima, resultando em uma crise hemolítica (anemia) e icterícia (o caso do Arthur, logo que nasceu ele tomou vitamina K no hospital, que é dada pra todos os bebês, a vitamina K é uma dessas substâncias consideradas gatilhos). Além das substâncias, infecções bacterianas e virais também podem causar o aparecimento dos sintomas. Ou seja, toda a alimentação e a vida do Arthur vão precisar de um cuidado extra, dependendo do nível da deficiência enzimática dele (que a gente ainda não sabe qual é), pegar uma gripe ou tomar o medicamento errado pode gerar uma complicação muito grave. A lista de medicamentos e alimentos com essas substâncias é bem extensa, os alimentos me preocupam mais, afinal quase tudo tem corante e soja. Já a partir de agora, toda a minha alimentação vai ter  que ser diferente, evitando essas substâncias pra que nada passe pelo leite.

Apesar de já ter um pouco de informação, ainda não sei dizer como eu tô lidando com tudo isso, ainda não sei se entendi muito bem do que se trata. Só sei que meu dia acabou hoje, olho pro meu bebê e tenho vontade de chorar, me sinto culpada por ter “passado” esse maldito gene pra ele, embora eu saiba que isso é inevitável e não é minha culpa, está totalmente fora do meu alcance. Sempre ouvi minha mãe dizer que tinha o coração batendo fora do corpo, e a sensação é exatamente essa, quero proteger ele mais do que qualquer coisa no mundo. Coração de mãe sofre.

Ao mesmo tempo que me sinto triste e arrasada, eu sei que nada disso vai mudar o resultado, o que pode mudar alguma coisa agora é a minha força, a minha coragem, e a busca pelas informações. Quero saber tudo e mais um pouco sobre G6PD, quero decorar a tal lista de substâncias pra que nunca na vida dele ele passe por uma dessas crises de anemia.  Liguei pra praticamente todos os hematologistas de Porto Alegre, essa semana vou conversar com alguns deles e espero entender melhor do que se trata. Amanhã, temos consulta com a pediatra, espero que de lá eu já saia com mais informações do que tenho agora.

Se alguém tem filho com G6PD, ou conhece outras pessoas que passem pela mesma situação, por favor, entrem em contato comigo. Quanto mais ajuda e informações sobre o que fazer e como é a vida das crianças que tem, vai me ajudar muito.

Uma pausa pra babar

Sim, somos pais babões ❤

E gostamos de compartilhar a babação por aí.

Esse é o primeiro vídeo que fazemos do Arthur e esses são seus primeiros sorrisinhos, fora aqueles que ele dava quando tava pegando no sono.

27 dias de pura simpatia, mamãe ama!